09. Sobre a Companhia

Teatro Gestual, máscaras, clown e cinema. A Companhia do Gesto investe na pesquisa continuada de linguagens não habituais e na produção em grupo para a renovação da cena e construção de uma comunicação ao mesmo tempo brasileira e universal.

Desde sua criação a Companhia do Gesto segue as premissas da criação e produção artística em grupo, mantendo no Rio de Janeiro um núcleo fixo de atores e produtores em atividade de investigação e de treinamento técnico e corporal contínuos.

A busca de uma linguagem universal, mas que não perdesse o contato com o que nos caracteriza como brasileiros, tem feito com que o núcleo de criação e produção da Companhia do Gesto, cada vez mais, absorva e transforme “antropofagicamente” novos caminhos, linguagens e técnicas.

Por princípio, o Teatro Gestual traduz a necessidade de um ator pleno e de expressão integral (não só fisicamente, mas mental, energética e espiritualmente), humano, liberto de códigos pré-estabelecidos, e aberto a todas as possibilidades na cena; um ator capaz de despertar uma comunicação diferenciada e sensível com a platéia.

As máscaras teatrais e o palhaço são mecanismos de expressão e exercício constante que estão na base de nosso trabalho, somadas a ela novas ferramentas: a Yoga, o Qi Gong e o Kung Fu; o bufão e o cinema, animação de objetos, bonecos e sombras.

Assim, a Companhia do Gesto se firma no cenário artístico brasileiro como uma das principais companhias profissionais do Rio de Janeiro, pioneira na pesquisa da linguagem do Teatro Gestual no Brasil.

Os clowns - 1986 - os primeiros palhaços brasileiros em cena

Estreou seu primeiro espetáculo, “Os Clowns”, em 1986, dando início à pesquisa da linguagem gestual como técnica e tema.

O espetáculo “As Máscaras” (1989), foi aclamado pela crítica de diversos pontos do país por onde passou, culminando com o reconhecimento internacional ao representar o Brasil no festival de Bayonne (França – 1991).

Na trajetória do grupo estão, ainda, os espetáculos, “O Baile” (1993), igualmente aclamado pela crítica durante os seis anos em que permaneceu em turnê pelo país; “McBeth A Tragédia da Ambição” (1996), “Cláun! Palhaços Mudos” (2001/2009), “A Menor  Máscara do Mundo” ( 2002/03), “Maria Eugênia” (2005/09) e “A Margem”(2006/09).

As Máscaras - 1989 - montagem supreendente e delicada

Simultaneamente à criação dos espetáculos, a companhia desenvolve um sólido projeto didático, mantendo um núcleo de oficinas na sede da Companhia no Rio de Janeiro, e promovendo, em vários outros estados brasileiros, projetos voltados formação artística.

Desde 2002, após o falecimento do diretor Dácio Lima, o núcleo de criação e produção da Companhia do Gesto foi renovado. Mantém hoje um repertório de cinco espetáculos infantis e adultos, um programa de oficinas continuadas  e cursos em sua sede situada no Horto (Jardim Botânico, Rio de Janeiro) , o projeto Rir é Viver (www.rireviver.com.br) de caráter artístico social.

Em 2008, o espetáculo infantil Maria Eugênia recebeu 5 indicações nas categorias principais do prênio Zilka Sallaberry de Teatro (direção, espetáculo, ator, atriz e música), tendo conquistado o prêmio de melhor ator para Ademir de Souza.

Ademir de Souza em Maria Eugênia - Melhor ator2008. Foto Celso Pereira.

Sob direção de Luís Igreja, integrante da Companhia desde 1989, o grupo formado hoje por Ana Carina (atriz e produtora), Tania Gollnick (atriz), Ademir de Souza (ator e preparador corporal), Andrea Neri (atriz) e Patrícia Ubeda (atriz) tem intensificado a produção com foco na estruturação de um trabalho contínuo, investido em novas linguagens e mantido os ideais artísticos de pesquisa e trabalho em grupo que sempre nortearam a Companhia.